terça-feira, 9 de maio de 2017

Meio Interno e as proteínas plasmáticas

O meio interno pode ser definido como o conjunto dos líquidos extracelulares do corpo, como o sangue, linfa, líquido intersticial, líquor. É nesse meio que ocorrem as trocas de substâncias e metabólitos, excretas e outras moléculas. Ele tende a ser mantido em uma faixa de concentração padrão de substâncias, para que não haja nenhum desequilíbrio. 

Após a retirada das células do sangue, ele pode ser chamado de duas formas distintas: PLASMA ou SORO. Ambos são porções líquidas do sangue, sem células, porém diferem principalmente em suas constituições proteicas. O PLASMA contém todas as proteínas originais do sangue, enquanto o SORO contém apenas parte dessas proteínas sanguíneas.


Para obter o soro, não é necessário o uso de anti-coagulante. O sangue em "repouso" forma um coágulo no fundo do recipiente, que é formado os hemácias, células brancas, plaquetas e algumas proteínas do sangue. A parte líquida que fica no tubo e não forma o coágulo é o soro.

Já para a obtenção do plasma, é necessário o uso de anti-coagulante e, em seguida o sangue é centrifugado, resultando em três fases distintas: o depósito de hemácias no fundo do recipiente (pois são mais pesadas), uma camada mais clara formada por leucócitos e uma camada líquida superior, que é o plasma. 

*Os anti-coagulantes agem indisponibilizando o Ca2+, fator importante para a coagulação sanguínea.

SANGUE

O sangue tem função de ligação entre vários tecidos do corpo. A lesões de alguns tecidos podem ser identificadas pela medição de restos metabólicos no sangue. Ele também possui função endócrina, devido ao transporte de hormônios e função de manutenção da homeostasia, estando principalmente relacionado com o equilíbrio hídrico e controle da volemia. Além disso, o sangue é essencial para o equilíbrio ácido-base, dessa forma, o pH deve ser sempre mantido numa faixa entre 7,35 e 7,45.



Outra função essencial do sangue é a função de defesa, através das células do sistema imune que o compõem. O sangue também atua no equilíbrio térmico e possui capacidade de auto-defesa, através da coagulação sanguínea e fibrinólise (importante na manutenção da homeostasia).


Os elementos celulares do sangue são: eritrócitos (as hemácias), leucócitos (os glóbulos brancos, como neutrófilos, monócitos, linfócitos, eosinófilos, basófilos) e as plaquetas. Os eritrócitos são as células mais abundantes do sangue, constituindo em média a metade de todo o volume sanguíneo. As plaquetas são fundamentais para a formação dos tampões plaquetários.



O plasma sanguíneo é constituído por compostos orgânicos oriundos do metabolismo de glicídeos, lipídeos e proteínas, cada um numa concentração específica. Alguns desses compostos podem ser tóxicos quando encontrados em altas concentrações, como a amônia e a ureia, oriundas do metabolismo de proteínas. Além desses compostos orgânicos, o plasma também é constituido por substâncias iônicas.


Além disso, as concentrações das substâncias contidas nos fluidos extracelulares (plasma e soro) e intracelulares (citosol das células) é diferente, importante para a manutenção das funções e do equilíbrio do organismo.


Visão geral dos principais componentes sanguíneos:


As proteínas do plasma desempenham funções essenciais para a manutenção da homeostasia. As albuminas agem como "esponjas", fazendo o transporte de diversas substâncias hidrofóbicas. As globulinas são transportadores mais específicas, de formato mais rígido e menos carregadas. Uma lesão do fígado pode provocar uma queda de concentração da albumina no sangue, promovendo a formação de edemas.

DE QUE FORMA AS PROTEÍNAS SÃO FRACIONADAS?

As proteínas podem ser fracionadas a partir da utilização de duas técnicas:

1. A Salinização Progressiva (Salting in e Salting out)
2. Eletroforese

Na Salinização Progressiva, o sal diminui a solubilidade das proteínas na água. Observa-se que pouca quantidade de sal aumenta a solubilidade das proteínas, mas altas quantidades diminuem essa solubilidade, promovendo a aglomeração dessas proteínas. 



A técnica da Eletroforese requer mais estrutura laboratorial e a presença de uma fonte elétrica. Essa técnica consiste na migração de uma molécula carregada sob a influência de um campo elétrico. Um gel poroso é fixado na cuba e, então, dois polos são definidos: o negativo e o positivo. O pH do meio é mantido constante, alcalino. Ao ligar a fonte elétrica, as proteínas carregadas negativamente migram para o polo positivo, cada uma em uma velocidade diferente de acordo com suas cargas. Há um desenho densidométrico normal para cada uma das proteínas sanguíneas em cada espécie.



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