terça-feira, 28 de março de 2017

Digestão e Absorção - Introdução

A digestão é um processo de conversão de moléculas de alto peso molecular (que fazem parte do alimento e são ingeridas numa refeição) em moléculas menores, de baixo peso molecular, que podem ser absorvidas por meio de reações de hidrólise, que são catalisadas por enzimas específicas, e por meio da fermentação bacteriana, que ocorre em determinados organismos.

A absorção é a transferência dos produtos dos processos de hidrólise/fermentação da luz intestinal para a corrente sanguínea ou linfa, para que esses produtos possam percorrer pelo corpo e chegar às células para exercer funções específicas (sejam funções estruturais, energéticas ou catabólicas, dependendo do produto gerado pelos processos de digestão).

Fonte: http://alimentossemmitos.com.br/veja-como-ocorre-a-digestao-e-a-absorcao-dos-carboidratos

Os alimentos utilizados pelos mamíferos podem ser subdivididos em três classes: Energéticos (glicídios e lipídios), Estruturais (proteínas) e Catabólicos (vitaminas e minerais). Essa subdivisão é feita por questões didáticas, mas sabemos que glicídios e lipídios também estão presentes em nossas células como elementos estruturais (como, por exemplo, na estrutura da membrana plasmática), assim como as proteínas também podem ser usadas para fins energéticos em casos de baixa energética. 

Entretanto, as principais fontes energéticas do corpo vem dos glicídios e lipídios, enquanto as proteínas têm função estrutural essencial para o organismo. Os lipídios são mais energéticos do que os glicídios, pois eles são mais reduzidos e menos hidratados e, assim, fornecem mais calorias quando oxidados. Os alimentos considerados "catabólicos" são assim chamados pois muitas reações bioquímicas são dependentes de sua presença, no caso, da presença de vitaminas e minerais específicos.

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É possível classificar os mamíferos quanto ao desdobramento da celulose, principal polissacarídeo estrutural das plantas.

Carnívoros e onívoros são aqueles animais que não digerem celulose, pois não possuem ambiente favorável para proliferação dos microorganismos simbióticos que participam do processo de digestão desse polissacarídeo, que nesse caso são bactérias fermentadoras de celulose.

Herbívoros não-ruminantes fazem digestão celular no ceco (porção inicial do intestino grosso), onde há um processamento fermentativo. Apesar disso, o ceco já está próximo ao final to tubo digestivo, o que limita a absorção dos produtos da digestão da celulose. Por isso, é comum cecotrofagia em coelhos, para que haja um "reprocessamento" dos nutrientes eliminados que não foram completamente digeridos e absorvidos. Os equinos possuem uma vantagem, pois além do ceco, o cólon também fornece ambiente favorável para a proliferação bacteriana, auxiliando no processo de desdobramento da celulose.

Herbívoros ruminantes/poligástricos possuem o estômago dividido em câmaras fermentativas que são o ambiente perfeito para a proliferação bacteriana e, consequentemente, são especializados para a digestão da celulose.



O intestino delgado possui adaptações morfofuncionais para digestão e absorção. Sua mucosa é composta por um tecido absortivo altamente especializado, com pregas contendo vilosidades e microvilosidades que aumentam muito a superfície de contato com as moléculas e, consequentemente, a área de absorção (em aproximadamente 600 vezes). A borda em escova do intestino delgado possui enzimas constitucionais que fazem a digestão final dos carboidratos e polipeptídeos.
Algumas doenças ocorrem por as microvilosidades não estão bem formadas e, por isso, há deficiência de absorção de nutrientes. Abaixo das vilosidades há uma extensa rede de capilares que permite o aporte de substâncias e drenagem de nutrientes, água, eletrólitos, etc.

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